Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Proteção Civil Municipal de Santarém disse que, pelo menos, 12 casas foram afetadas, embora o levantamento às 13:00 de hoje ainda não estivesse concluído.
“Das que estão identificadas são situações ligeiras e que os próprios proprietários já procederam à sua recuperação”, adiantou Carlos Grazina Pedro, acrescentando que ruíram os telhados de dois barracões que tinham tratores debaixo.
A situação mais grave, segundo o responsável, está relacionada com a queda de uma chaminé numa habitação, havendo também a registar queda de árvores e postes de eletricidade e comunicações afetados.
“Felizmente não houve feridos e os estragos são mesmo estruturais, não existindo registo de danos em viaturas, por exemplo”, referiu.
De acordo com Carlos Grazina Pedro, O fenómeno extremo de vento verificou-se numa extensão de dois quilómetros de comprimento em área habitacional, entrando depois numa zona de mato.
Segundo a meteorologista Paula Leitão, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o fenómeno ocorrido em Arneiro das Milhariças poderá ter sido um pequeno tornado.
“Na situação meteorológica de sábado existia formação de células convectivas propícias à ocorrência de tornados”, explicou à agência Lusa.
No entanto, a técnica do IPM salvaguardou que a situação registada ainda carece de um “estudo aprofundado, que não foi feito”.
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