![Mário Machado tenciona apresentar-se dia 25 na cadeia para cumprir pena de prisão](/assets/img/blank.png)
Em declarações aos jornalistas, em Albufeira, Mário Machado disse ainda que não vai apresentar um último recurso a que tinha direito, para "entrar o mais cedo possível para sair também o mais cedo possível" da prisão.
O militante ultranacionalista falou aos jornalistas em Albufeira, antes do início de um protesto convocado pelo grupo de extrema-direita 1143 e que juntou cerca de 800 militantes na cidade algarvia num percurso pelas ruas da cidade contra a imigração.
O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso de Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência e, se não houver novo recurso, terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.
O advogado José Manuel Castro, que representa Mário Machado, disse à Lusa que ainda estava a estudar com o seu cliente a hipótese de recurso para o plenário do TC para exigir a sua apreciação, mas Mário Machado considerou hoje que esse passo seria "uma perda de tempo".
Mário Machado foi condenado a uma pena de prisão efetiva de dois anos e 10 meses por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.
Em causa está o processo em que Mário Machado e Ricardo Pais, o outro arguido no caso, foram condenados por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência por publicações em redes sociais, nas quais o tribunal de julgamento deu como provado terem apelado ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda que visaram em particular a professora e então dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.
O recurso para o TC tinha sido entregue em dezembro de 2024, com efeito suspensivo sobre o cumprimento da pena confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, num acórdão em que este tribunal rejeitou as alegações de Mário Machado de que as declarações em julgamento eram um “exercício de humor”, defendendo tratar-se, isso sim, do que “verdadeiramente pensa e pretende” o militante neonazi, a quem atribuem também um alvo circunscrito e identificado.
Em causa neste processo estavam mensagens publicadas na antiga rede social Twitter (atual X), atribuídas a Mário Machado e Ricardo Pais, em que estes apelavam à "prostituição forçada" das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular Renata Cambra.
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