A informação foi prestada pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, aos deputados da comissão de Defesa Nacional, à margem do tema central da reunião, que foi a participação deste ramo no combate à pandemia de covid-19, em Portugal.
O chefe da marinha portuguesa disse que o “Bérrio” foi comprado para ter uma “vida” de 20 anos, à qual já lhe foram acrescentados “mais 10 anos”.
E explicou que a Armada foi surpreendida por “duas avarias”, uma das quais “grave” no “sistema de propulsão”, no regresso do navio dos Açores, onde esteve a dar apoio devido ao furacão Lourenço.
Após uma inspeção, concluiu-se existir uma “estrutura imprevisivelmente alterada” no navio e que uma reparação mais profunda levaria a Marinha a “gastar muito dinheiro” para se fazer uma “utilização muito reduzida ou nula”.
Pelo que, revelou, tentou perceber se alguma das marinhas europeias, como a de Espanha, tinha um navio-reabastecedor para “vender em segunda mão”, o que não veio a verificar-se.
O almirante relatou então que também foi tentado que, dentro das verbas previstas na Lei de Programação Militar (LPM), se pudesse reprogramar investimentos de modo a ter um navio deste tipo antes do prazo previsto, em 2027.
Sem um navio-reabastecedor, o almirante Mendes Calado admitiu que vai ser necessário programar de outra forma as missões.
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