Em declarações aos jornalistas, à saída do Hospital de Santa Maria, onde esteve acompanhado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu "a excelência dos profissionais de saúde" destas duas instituições públicas e a sua "dedicação ilimitada" aos doentes.
"Se há lição que podemos retirar aqui hoje é esta: é que temos aqui, em matéria de queimados e de capacidade de resposta a situações de emergência, de catástrofe, uma qualidade dos serviços de saúde e serviços públicos de saúde, em particular", considerou.
O chefe de Estado referiu que pôde testemunhar pessoalmente essa qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) quando foi operado a uma hérnia umbilical, no final de dezembro, "num serviço público de saúde, também", o Hospital Curry Cabral.
O Presidente da República aproveitou esta circunstância para se congratular por estar "a surgir na sociedade portuguesa aquilo que era salutar que tivesse surgido há mais tempo, que é um debate sobre a saúde".
No seu entender, a atual lei de bases do SNS já tem muitos anos e "é bom que haja contributos para uma reflexão profunda, séria, alargada, sobre essa matéria".
O incêndio que deflagrou na noite de 13 de janeiro durante um jantar numa associação recreativa de Vila Nova da Rainha, no concelho de Tondela, fez pelo menos nove mortos e 38 feridos, entre graves e ligeiros.
Sobre a situação dos feridos deste incêndio que hoje visitou, Marcelo Rebelo de Sousa relatou que os familiares lhe transmitiram gratidão pelos serviços prestados, considerando "excecional aquilo que tem sido feito", e adiantou que a jovem internada no Hospital Dona Estefânia "deve ter alta na sexta-feira e vai para Viseu, para o hospital de Viseu".
Os dois casos do Hospital de Santa Maria têm "gravidade diversa" e "vão avançando, um mais claramente do que outro", acrescentou.
No dia em que completa dois anos da sua eleição, o Presidente da República foi questionado se espera não ter de fazer mais visitas a feridos em incêndios no resto do seu mandato.
"Esperamos, o senhor ministro e eu, não termos estas visitas, que já tivemos noutras circunstâncias, no ano passado, a vários hospitais. Que isso não venha a ocorrer novamente até ao final do mandato, portanto, até 2021", respondeu.
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