“Eu fiquei de visitar os municípios atingidos e havia algumas lacunas. Havia uma lacuna importante no meu espírito que me pesava na consciência e que era Monção. Portanto, neste momento, venho pagar essa dívida minha em relação a Monção de solidariedade, relativamente às populações, aos autarcas, a todos os que combateram o que foi uma tragédia que nós bem recordamos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado, que foi brindado com um ‘banho’ de multidão, abraços, beijos e muitas ‘selfies’, disse que a sua presença em Monção (distrito de Viana do Castelo), onde passou cerca de três horas, foi, “ao mesmo tempo, um sinal de esperança no futuro”.
“Está-se a trabalhar de uma forma positiva para que não mais se repita aquilo que aconteceu”, afirmou o chefe de Estado.
O presidente da Câmara de Monção, António Barbosa(PSD), admitiu que já tinha feito o convite “várias vezes, e com alguma insistência”, e que Monção era “um pequeno lapso naquilo que é a governação” do chefe de Estado.
“Mas a vinda do senhor Presidente da República representa mais do que isso. É um sinal de que estamos a entrar numa época de incêndios, infelizmente, e já começaram alguns. Veio dar um sinal de que continua preocupado com o que aconteceu no passado, para garantirmos que futuramente não se repetirá”, afirmou o autarca.
António Barbosa referiu que, apesar de não ter um Plano Municipal de Defesa Contra Incêndios ainda aprovado, o concelho “está com um projeto no terreno, a investir 50 mil euros no terreno para garantir a segurança e fazer a limpeza” das propriedades.
“Não se pode repetir o que aconteceu em outubro de 2017″, disse, assegurando que “as pessoas de Monção não estavam zangadas com o professor Marcelo”.
“Ninguém consegue estar”, frisou.
O Presidente da República marcou hoje presença no primeiro dia da Festa do Corpo de Deus/Coca de Monção, assistindo à eucaristia, na igreja matriz, e integrando a procissão solene que percorreu as ruas da vila de Monção, no Alto Minho.
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