Enquanto discursava na inauguração da sede da Liga dos Bombeiros Portugueses, em Lisboa, o chefe de Estado reconheceu o trabalho de Eduardo Cabrita em matéria de combate a incêndios e as lições aprendidas depois das tragédias de 2017.
“Queria dizer, porque é justo, é justo e não tem sido dito ao MAI, que neste domínio, há que lhe agradecer. Como em tudo na vida, há domínios que correm melhor e correm pior na vida dos políticos”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República acrescentou que o governante “fez o que podia e o que não podia, para tentar aprender as lições do passado”, enquanto instituição, e “é bom que se diga isto agora para não ser tarde demais quando se tiver de dizer”.
“Fica dito e fica agradecido”, finalizou.
Interpelado pelos jornalistas no final desta sessão inaugural sobre se esta declarações antecipavam uma saída de Eduardo Cabrita do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o agradecimento foi feito por ocasião da aproximação do fim do período anual mais críticos dos incêndios.
“Não há dúvida de que há, em matéria de prevenção e em matéria de resposta, uma realidade diferente em muitos aspetos daquela que existia até 2017 e isso devia ser reconhecido”, explicou.
Durante o discurso, Marcelo Rebelo de Sousa também enalteceu o papel do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante Jaime Marta Soares, na defesa das reivindicações dos bombeiros, sempre com um estilo “desempoeirado” e sem esquecer “tudo aquilo que são os pontos fundamentais pelos quais lutou e luta”.
O chefe de Estado também disse que hoje “a festa” é de Jaime Marta Soares, e como o comandante optou por condecorar elementos de várias corporações, “o galardão que merecer há de recebê-lo noutra ocasião”.
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