“Em democracia, manifestar é um direito fundamental (…), é sinal de que a democracia está viva”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à chegada ao XXVI Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) que decorre no Seixal, no distrito de Setúbal.
Na opinião do chefe de Estado, estas manifestações mostram que as pessoas querem encarar o problema da habitação e acelerar processos para a sua resolução.
O importante é que, concordando ou discordando, as manifestações decorram de forma pacífica, referiu.
Reafirmando que manifestação é sinónimo de “democracia, liberdade e pluralismo”, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a causa da habitação é “uma causa óbvia” para todos os portugueses.
E, além disso, o facto de as manifestações acontecerem por todo o país com pessoas de idades e experiências diferentes mostra que o “país todo está desperto para isso”.
O chefe de Estado contou que uma das causas recentes do aumento das pessoas em situação de sem-abrigo está relacionada com a habitação.
As plataformas Casa para Viver e ‘Their Time to Pay’ promovem hoje um conjunto de manifestações pelo direito à habitação e pela justiça climática.
“Lutamos pelo direito à habitação e por permanecer nos espaços, por uma vida digna para todas as pessoas e por medidas que travem a crise climática. Estas são duas lutas contra o capital, que coloca a especulação e o lucro acima da vida”, lê-se na informação difundida pelas duas plataformas.
Os protestos começaram hoje de manhã no Barreiro, Beja, Évora, Portalegre e Tavira.
Da parte da tarde, além de Lisboa, decorreram manifestações no Porto, Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Guimarães, Lagos, Leiria, Portimão, Viseu, Samora Correia e Alcácer do Sal.
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