O estudo, conduzido pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, do Reino Unido, concluiu que uma proteína que existe na superfície do parasita, a P113, captura uma outra proteína, a RH5, e forma uma 'ponte' molecular entre o parasita e o glóbulo vermelho (célula do sangue).

Por isso, uma vacina que combine a RH5, a P113 e outras proteínas poderá ser mais eficaz, defendem os cientistas.

Numa investigação anterior, peritos do mesmo instituto descobriram que, para invadir os glóbulos vermelhos, o parasita da malária, o 'Plasmodium', necessita da proteína RH5 para ligar-se a um recetor na superfície das células sanguíneas.

Contudo, desconheciam como a RH5 estava ligada à superfície do parasita.

Os cientistas descobriram agora que a RH5 liga-se a um recetor nos glóbulos vermelhos quando é 'apanhada' à superfície do parasita pela P113, permitindo que o 'Plasmodium' invada as células sanguíneas.

Em teoria, de acordo com um dos autores do estudo, Julian Rayner, um anticorpo que bloqueie a P113 poderá impedir a ação da RH5 e evitar que o parasita ataque os glóbulos vermelhos.

A malária é uma doença infeciosa, disseminada em regiões tropicais e subtropicais, como Ásia, América Central e do Sul e África Subsariana, que se transmite através da picada de uma fêmea do mosquito 'Anopheles' infetada pelo parasita.

Dores de cabeça e nas articulações, febre, calafrios, vómitos, anemia, hemoglobina na urina, lesões na retina e convulsões são alguns dos sintomas, depois de o parasita entrar na corrente sanguínea, viajar até ao fígado, onde se multiplica, e penetrar nos glóbulos vermelhos.