A exposição antológica com mais de 30 peças, instaladas no Museu e no Parque de Serralves, recebeu 584.864 pessoas, especificou a Fundação de Serralves, num comunicado enviado à agência Lusa.
A mesma mostra foi, em 2018, quando esteve Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha, a 13.ª mais visitada a nível mundial: recebeu 649 mil pessoas, a uma média de 5.600 por dia, de acordo com a publicação especializada The Art Newspaper.
Tendo agora como destino Kunsthall Rotterdam, na Holanda, onde vai ser inaugurada no próximo dia 20, a exposição inclui obras de Joana Vasconcelos realizadas de 1997 até à atualidade, reunindo alguns dos trabalhos mais distintos e emblemáticos da artista.
Entre as 14 peças novas conta-se uma máscara veneziana com 2,5 toneladas, feita com 231 molduras de duplo espelho, e um anel solitário, de três toneladas, com 112 jantes de carro e 1.324 copos de cristal.
“Foi aqui que eu fiz a minha primeira exposição com outros artistas internacionais, é bom voltar aqui após 20 anos com uma exposição individual para mostrar como desenvolvi a minha obra, como eu sou e o que aconteceu desde então”, disse a artista, numa conferência de imprensa em fevereiro para apresentar a mostra em Serralves.
Questionada sobre qual das obras seria a sua preferida, a artista admitiu que, “emocionalmente”, o “Coração” é uma peça sem a qual não consegue viver, assim como os sapatos “Marilyn", que “são indissociáveis” da sua obra.
“Se por um lado ‘A Noiva’ [um lustre composto de tampões higiénicos] é a peça que me traz aos palcos internacionais e que no fundo me coloca no mundo de Veneza [na Bienal de 2005] e no mundo internacional das artes, a máscara veneziana é o momento em que estou, é uma peça que fiz para o Guggenheim, assim como o anel, são peças do presente, ou a burca por temas mais feministas”, disse.
A exposição começa com o país, com a obra “Portugal a Banhos”, que esteve exposta na avenida Marechal Gomes da Costa.
O título da mostra surgiu em homenagem à cantora Nico, voz da canção "I’ll be your mirror", dos Velvet Underground.
A exposição é organizada pelo Museo Guggenheim Bilbao, em parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a Kunsthall Rotterdam, é comissariada por Enrique Juncosa e tem como mecenas exclusivo o BPI.
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