Uma nota da DGS, assinada pela sua responsável, Graça Freitas, refere que a vacinação contra a gripe em Portugal está em curso desde o dia 15 de outubro e que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) adquiriu cerca de um milhão e 450 mil vacinas.
No documento enviado à agência Lusa, a DGS adianta que “estas vacinas são enviadas para Portugal em várias remessas e, neste momento, todas as doses destinadas ao Serviço Nacional de Saúde já estão distribuídas ou em distribuição pelas centenas de pontos de vacinação do SNS”.
“A vacinação mantém-se, de uma forma global, ininterruptamente desde o início e estima-se que já se tenham vacinado gratuitamente no SNS, mais de 850 mil pessoas nas unidades de saúde ou em instituições como os lares, as unidades de cuidados continuados ou as prisões”, sublinha.
A DGS explica que quem pertença a um dos grupos para os quais a vacina é gratuita, deverá agendar a vacinação na sua unidade de saúde, lembrando que “a gripe é uma doença contagiosa que, habitualmente, se cura espontaneamente”, mas que “podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos”.
A Direção-Geral da Saúde recomenda: “Vacine-se contra a gripe, preferencialmente, até final do ano”.
De acordo com o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Instituto Ricardo Jorge, hoje divulgado, a taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 7,6 por cem mil habitantes e atividade gripal é considerada “esporádica”.
Dados do “vacinómetro” divulgados na terça-feira indicam, por sua vez, que mais de metade dos idosos já se vacinaram contra a gripe na atual época gripal.
O “vacinómetro” é um projeto lançado em 2009 que permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela DGS.
Entre os grupos recomendados pela DGS, a taxa de vacinação fica-se pelos 40%, segundo os dados do "vacinómetro".
O grupo das pessoas com mais de 65 anos é o que regista uma cobertura vacinal mais elevada, com 52,9% das pessoas vacinadas, seguindo-se os doentes crónicos, com 40,7%, enquanto os profissionais de saúde apresentam uma taxa de vacinação de 38%.
Apesar destes números, a Ordem dos Enfermeiros avisa que há centros de saúde, sobretudo na região norte, que continuam com falta de vacinas da gripe, lamentando que se tenha repetido este ano uma “péssima gestão dos ‘stocks’”.
“Os maiores problemas que identificámos dizem respeito à Administração Regional de Saúde (ARS) Norte. Há várias unidades que não estão a receber o número de vacinas que pediram ou estão mesmo em rutura de ‘stock’ até ao próximo dia 21 de novembro. Significa que as pessoas vão ao centro de saúde para se vacinar e não têm vacinas”, disse na terça-feira à Lusa a bastonária, Ana Rita Cavaco.
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