Trata-se de um dos mais elevados números de migrantes socorridos pelas autoridades cipriotas num dia desde o início do conflito na Síria em 2011.
Segundo a polícia, os 305 migrantes, entre os quais 30 mulheres e 73 crianças, terão partido de Mersin, na Turquia, país que faz fronteira com a Síria.
A viagem terá custado a cada um destes migrantes cerca de 2.000 dólares (1.600 euros).
Um homem de 36 anos, suspeito de ser o capitão de uma das duas embarcações, foi detido e terá de comparecer em tribunal.
Os migrantes, a maior parte de boa saúde, devem ser transferidos para um centro de acolhimento em Nicósia.
Uma mulher e o seu bebé de 10 meses foram transportados para um hospital.
A ilha de Chipre, dividida entre a República de Chipre, membro da União Europeia e uma entidade cipriota turca reconhecida apenas por Ancara, está situada a apenas 100 quilómetros da Síria, mas não tem registado até agora um afluxo maciço de refugiados.
Desde setembro de 2014, mais de 1.500 migrantes atingiram a costa cipriota. Muitos tentam juntar-se a familiares ou conseguir asilo na Europa.
As autoridades turcas disseram, entretanto, que impediram no Mar Negro 313 migrantes, maioritariamente sírios, de chegar a países dos Balcãs nos últimos dois dias, o que sugere o aparecimento de uma rota alternativa de migração para a Europa.
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