A zona mais atingida é o Vale de Susa, onde as chamas, atiçadas pelos fortes ventos, se aproximaram das habitações.
Duas centenas de idosos foram retirados de um lar na noite de domingo e um troço da autoestrada, que liga ao túnel transfronteiriço de Fréjus, foi fechado ao trânsito.
Segundo os meios de comunicação italianos, as mais recentes retiradas elevam para mil o número de pessoas que foram obrigadas a deixar as suas casas devido aos incêndios que lavram na região há mais de uma semana, de acordo com a agência noticiosa France Presse (AFP).
A Grécia e Croácia enviaram, cada um, dois aviões Canadair para ajudar a combater as chamas, mas as fortes rajadas de vento e o fumo impediram, por algumas vezes, no domingo, o recurso a meios aéreos.
Segundo o principal sindicato agrícola italiano, Coldiretti, estes incêndios elevaram para 140 mil hectares a área de florestas queimada em Itália desde o início do ano, o triplo em relação a 2016, devido à seca que reina na península.
Após meses com níveis de precipitação largamente inferiores ao normal, em particular no norte, outubro revelou-se catastrófico: segundo uma análise dos dados das primeiras três semanas do mês, a Lombardia registou um défice de precipitação de 67% e Piemonte de 98%, de acordo com o Coldiretti.
As cinzas provocadas pelos incêndios mantêm Turim sob denso nevoeiro, uma semana depois de um ‘pico’ de ‘smog': a concentração de partículas finas excedeu o limiar de 50 microgramas por metro cúbico em todas as estações de monitorização, mas tal não foi suficiente para impedir a realização da maratona que decorreu na manhã de domingo.
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