O porta-voz da ACNUR no Bangladesh, Joseph Surjamoni Tripura, disse à agência Efe que os recém-chegados, mais de 30 mil nas últimas 24 horas, estão a estabelecer acampamentos improvados, com exceção dos seis mil que puderam ficar com familiares nos campos de refugiados permanentes na zona.
Mais de um milhão de rohingyas vive em Rakhine, no oeste da Birmânia, onde sofre crescente discriminação desde o início da violência em 2012, que causou pelo menos 160 mortos e deixou cerca de 120 mil pessoas confinadas a 67 campos de deslocados.
A violência escalou desde o ataque, no passado dia 25 de agosto, contra três dezenas de postos da polícia pela rebelião, o Exército de Salvação do Estado Rohingya (Arakan Rohingya Salvation Army, ARSA), que defende os direitos dos rohingya.
As autoridades birmanesas não reconhecem a cidadania aos rohingya e consideram-nos imigrantes, impondo-lhes múltiplas restrições, incluindo a privação de liberdade de movimentos.
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