O incêndio, que reuniu mais de 100 operacionais, atingiu um armazém com três espaços diferenciados, ocupado por duas oficinas de automóveis, na rua de Coimbra, na zona de entrada da cidade e um outro prédio, localizado nas traseiras daquele, na rua Arnaldo Sobral, que tinha um 'stand' de motociclos no piso térreo e um armazém de peças para motos no primeiro andar.
Em declarações aos jornalistas, o comandante dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz afirmou que o alerta “para um incêndio urbano numa oficina” foi dado cerca das 23:00 de terça-feira, os meios das duas corporações da cidade foram mobilizados de forma “muito rápida” e “no prazo de duas horas” os bombeiros conseguiram extinguir as chamas.
“Neste momento [cerca da 01:45 de hoje] estamos em fase de rescaldo, vai demorar algum tempo, fruto da arquitetura dos edifícios”, adiantou Nuno Pinto.
Os bombeiros ainda não possuem uma avaliação dos danos provocados pelas chamas, que provocaram uma enorme coluna de fumo, visível na cidade a vários quilómetros, acrescentou.
Numa das oficinas automóveis, a agência Lusa constatou pelo menos dois automóveis atingidos pelas chamas, sendo que os bombeiros conseguiram “em condições de segurança” retirar cerca de duas dezenas de motociclos do 'stand' que ficou destruído, disse Nuno Pinto.
Questionado sobre as causas do incêndio, o comandante dos bombeiros indicou que “ainda são desconhecidas” e as entidades competentes vão proceder a essa averiguação.
Nuno Pinto acrescentou que não se registaram feridos, nem foi necessário “fazer qualquer tipo de evacuação” de edifícios residenciais.
Já o presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, frisou que “os primeiros minutos” de combate a um incêndio urbano “são sempre muito importantes”.
“E quer os Sapadores, quer os Voluntários, chegaram aqui muito rapidamente. Essa é a vantagem de ter duas corporações com a qualidade que nós temos no concelho”, observou.
“E incêndios urbanos são sempre complicados, nesta zona ainda mais porque são estruturas com telhados em madeira, estruturas antigas”, referiu Carlos Monteiro.
No local estiveram 106 operacionais, apoiados por 33 viaturas, de sete corporações de bombeiros: as duas da Figueira da Foz e ainda as de Montemor-o-Velho, Soure, Cantanhede, Condeixa-a-Nova e Pombal, além da Proteção Civil municipal e da PSP.
Durante as operações de combate às chamas e de rescaldo, a via rápida à entrada da Figueira da Foz esteve cortada ao trânsito. Junto a esse local e em ruas adjacentes concentraram-se várias centenas de pessoas, assistindo ao trabalho dos bombeiros.
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