Após um conselho de ministros da Justiça e do Interior da União Europeia (UE), dedicado às migrações, a ministra portuguesa Constança Urbano de Sousa referiu que os refugiados irão viajar desde Itália, onde têm chegado, sobretudo, pessoas oriundas da Eritreia.
"[Os refugiados] irão ser distribuídos de acordo com as capacidades das associações", como câmaras municipais ou santas casas da misericórdia, afirmou a governante aos jornalistas portugueses.
Os refugiados são "distribuídos de forma serena e pacífica, são acolhidos e integrados", recebendo, nomeadamente, aulas de português, acrescentou.
Para "aliviar a Grécia e evitar movimentos secundários", Portugal disponibilizou-se para aumentar, dentro da sua quota no mecanismo europeu de recolocação, os lugares imediatamente disponíveis.
No âmbito do compromisso de receber cerca de 4.500 pessoas, Lisboa ofereceu-se para receber, durante este ano, 1.288 refugiados a aguardarem recolocação na Grécia.
"A Grécia vai enviar ‘dossiers’ para começarmos a implementar mais refugiados", disse a ministra, que explicou que a oferta aconteceu depois de analisada a capacidade nacional já instalada de acolhimento.
"As autoridades gregas têm de fazer o seu trabalho", que passa pelo registo e identificação, e "depois é uma questão de organizar o transporte”. “Não é algo que se faça de um dia para o outro, não é instantâneo, mas será organizado nos próximos tempos, num espaço relativamente curto", antecipou.
A ministra insistiu na necessidade de os Estados-membros da UE cumprirem compromissos e disponibilizarem lugares para recolocação imediata.
A tutelar da pasta da Administração Interna disse não ter, "até agora", conhecimento de outros casos de desaparecimento de refugiados que deveriam viajar para Portugal.
Portugal acolheu, até ao momento, 30 refugiados.
Segundo os últimos dados divulgados pela Comissão Europeia, na quarta-feira, de um total de 160 mil pessoas a recolocar durante dois anos, foram distribuídas 598 pelo espaço comunitário.
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