“Aquilo que foi afirmado pelo Governo é que, em gestão, não tínhamos condições para podermos dar resposta ao nível daquilo que está a ser exigido”, disse José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião informação dos ministros da União Europeia (UE) com a pasta da Administração Interna, em Bruxelas.
O governante acrescentou que tem “todo o respeito” pelos cerca de 15.000 elementos da PSP e GNR que na quarta-feira se manifestaram em Lisboa, exigindo melhores condições salariais e a equiparação do subsídio do risco à Polícia Judiciária.
“O direito à manifestação é um direito constitucionalmente consagrado”, comentou acrescentando que ao longo dos últimos oito anos, durante os governos do socialista António Costa, foi possível “valorizar, dignificar a atividade policial” e que “é trabalho que deve continuar e, se possível, ser reforçado”.
Questionado sobre a recusa por parte do primeiro-ministro em receber as estruturas sindicais, José Luís Carneiro não respondeu à questão, mas adiantou que o PS, o único partido que ainda não tinha respondido ao pedido de reunião com as estruturas sindicais da polícia, já pediu um encontro.
“A informação que tenho, que é público, foi de que teria sido feito um contacto com a plataforma [sindical] para poderem reunir no dia 29 deste mês [janeiro]. Agora é no quadro dos programas eleitorais que os partidos políticos, se assim o entenderem, devem assumir os compromissos que sejam compatíveis com as possibilidades orçamentais do Estado”, referiu.
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