Macron disse que vai propor um orçamento de 413 mil milhões de euros na nova Lei de Programação Militar (LPM) para o período 2024-2030, mais um terço do que os cerca de 295 mil milhões de euros no plano para 2019-2025.
O aumento visa assegurar “a liberdade, a segurança, a prosperidade, o lugar no mundo” de França, disse Macron, citado pela agência norte-americana AP.
O anúncio foi feito na base aérea de Mont-de-Marsan, situada na região de Nouvelle-Aquitaine, no sudoeste da França.
Coincidiu com a reunião de hoje na base aérea norte-americana de Rammstein, na Alemanha, dos aliados da Ucrânia para decidir novos apoios em equipamento militar às forças ucranianas.
A Ucrânia tem pedido o fornecimento de tanques de combate para fazer frente às tropas russas, que invadiram o país em 24 de fevereiro do ano passado.
Macron disse que a proposta da nova LPM “reflete os esforços do país a favor dos seus exércitos”, que serão “proporcionais aos perigos”.
“Ou seja, consideráveis”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Referiu ameaças de guerra híbrida, ataques cibernéticos crescentes a infraestruturas críticas e ameaças contínuas do terrorismo.
A proposta da LPM, que será apresentada ao parlamento em março, duplica o orçamento da Direção de Inteligência Militar (DRM) e da Direção de Inteligência e Segurança da Defesa (DRSD), segundo a AFP.
O plano pretende ter em conta as consequências da guerra na Ucrânia, e aumentar os gastos da defesa nos próximos anos para reforçar a segurança interna da França e a sua capacidade para operar no estrangeiro.
Macron também defendeu a modernização do arsenal nuclear francês para reforçar o papel do país como potência global independente.
A França é o único Estado-membro da União Europeia (UE) com armas nucleares, depois de o Reino Unido ter abandonado o bloco.
A apresentação da futura LPM era aguardada com expectativa em França, uma vez que a guerra na Ucrânia pôs em evidência as fraquezas do sistema militar francês, de acordo com a AFP.
O Governo pretende continuar o esforço financeiro na defesa, depois de a LPM de 2019-2025 ter posto fim a anos de cortes orçamentais nas forças armadas.
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