Um dia eleitoral tenso, os candidatos votaram sob um inédito e forte esquema de segurança, usando coletes à prova de bala e capacetes, enquanto o estado de exceção está em vigor, desde o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio no início do mês.
Com 80% dos votos apurados, a liderança é de Gonzalez (33%), de 45 anos e a única candidata mulher. Em segundo está o candidato de direita Daniel Noboa (24%), de 35 anos, filho mais novo de um magnata que já tentou assumir o poder no Equador por cinco ocasiões.
A autoridade eleitoral anunciou que a votação a 15 de outubro definirá quem será o novo presidente do Equador, mas ainda não anunciou os candidatos que irão ao segundo turno.
"Estamos a fazer história", disse González ao comemorar sua "grande vitória" no primeiro turno, enquanto Noboa garantiu que "a juventude" o escolheu "para ganhar do correísmo".
O país sul-americano, outrora pacífico, tornou-se nos últimos anos um centro de operações para cartéis de drogas estrangeiros e locais que impõem um regime de terror com assassinatos, sequestros e extorsões.
"Estamos com o coração partido devido a tanta criminalidade", disse Magdalena Mejía à AFP. Além da violência, há uma crise institucional que deixou o país sem Assembleia nos últimos três meses, quando o impopular presidente Guillermo Lasso (direita) decidiu dissolvê-lo e convocar eleições antecipadas para evitar um processo de impeachment por corrupção.
No fecho da votação, a autoridade eleitoral registrou uma participação de 82% dos 13,4 milhões de equatorianos obrigados a votar, num país com 18,3 milhões de habitantes. No exterior, houve "dificuldades" para votar por via eletrônica, segundo as autoridades.
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