Num almoço de apoio ao candidato autárquico apoiado por PSD, CDS-PP e PPM em Braga, Ricardo Rio, Luís Montenegro disse não ter dificuldade em reconhecer que o atual Governo socialista "tem um contributo" na subida do 'rating' da dívida portuguesa pela agência de notação Standard & Poor's na sexta-feira, mas lamentou que o contrário não tenha acontecido.
"Eu só encontro nesse posicionamento sinal de fraqueza: ao querer vangloriar-se tanto dessa saída, o doutor António Costa o que quer é esquecer-se que foi muito mais responsável pela chegada do 'lixo' a Portugal do que pela limpeza do 'lixo'", acusou, classificando o atual primeiro-ministro como "apoiante número um" do Governo liderado por José Sócrates.
Montenegro vaticinou uma nova vitória de Ricardo Rio em Braga nas autárquicas de 01 de outubro e pediu-lhe para "aguardar por 2019 para voltar a ter um primeiro-ministro chamado Pedro Passos Coelho, que não está condenado, nem ele, nem o PSD, só a governar Portugal para limpar o lixo que os socialistas fazem".
"Temos mesmo o direito de governar Portugal em temos de normalidade. Se governarmos Portugal em tempos de normalidade somos capazes de fazer muito mais e muito melhor que o Governo atual", defendeu.
O deputado social-democrata eleito pelo distrito de Aveiro acusou o Governo socialista de ter "duas caras" e apontou vários exemplos, entre os quais o apelo ao PSD para consensos nas obras públicas, para depois 'chumbar' as resoluções do partido no parlamento sobre essa matéria.
Também o presidente do PSD se referiu a esse 'chumbo' e estendeu-o à reprovação das principais propostas legislativas dos sociais-democratas em matéria de supervisão financeira.
"Apesar de estarem sempre a dizer que o PSD não tem projetos, sempre que o PSD apresenta propostas importantes elas são liminarmente chumbadas", lamentou Passos Coelho, dizendo que o mesmo aconteceu com as iniciativas do partido no âmbito do Programa Nacional de Reformas.
Para o líder do PSD, o PS "não pode estar a alterar traves mestras do Estado", como classificou a supervisão financeira, sem o apoio do maior partido da oposição e depois pedir consensos aos sociais-democratas.
[Notícia atualizada às 16:43]
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