A reunião do órgão máximo do partido, que não vai eleger novos órgãos, decorrerá na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, e tem também como objetivo a apresentação dos cabeças de lista do Livre para as legislativas do dia 10 de março.
De acordo com o programa, após as intervenções será apresentada a primeira versão do programa eleitoral que, segundo fonte oficial do Livre, foi coordenado por dirigentes do partido e incluiu contributos de militantes, mas também da sociedade civil.
Os membros e apoiantes do partido apresentaram mais de 100 propostas de alteração que serão debatidas na tarde de sábado. Nesse dia, será também votada a proposta de data do próximo congresso do Livre.
A meio do dia, o deputado único, Rui Tavares, juntamente com uma delegação do Livre, marcará presença na manifestação pelo direito à habitação organizada pela Plataforma Casa Para Viver, que decorrerá em vários pontos do país.
No domingo serão anunciados os resultados da votação da versão final do programa eleitoral, seguindo-se um período de cerca de três horas de intervenções de todos os cabeças-de-lista às legislativas pelo Livre.
O encerramento ficará a cargo do fundador e cabeça de lista por Lisboa, Rui Tavares.
A última reunião magna do Livre realizou-se há cerca de dois anos, em Coimbra, e teve pela primeira vez duas listas candidatas à direção. Nesse congresso, a lista integrada por Rui Tavares obteve 67% dos votos, e o historiador foi eleito porta-voz do partido, cargo que partilha com a dirigente Teresa Mota.
Desta vez, os membros e apoiantes do Livre não vão escolher novos órgãos internos, e o foco está nas legislativas de março, nas quais Rui Tavares já afirmou que quer eleger um grupo parlamentar mas que dois deputados “é pouco”.
Em entrevista à Lusa, divulgada na sexta-feira, Tavares mostrou-se disponível para integrar um eventual Governo à esquerda e adiantou algumas das propostas que o Livre terá no programa eleitoral, como o objetivo de colocar o Salário Mínimo Nacional a 80% do mesmo salário espanhol, máximo até final da próxima legislatura.
O Livre quer também a reposição integral do tempo de serviço dos professores resolvida numa legislatura e, no que toca à saúde, o dirigente defendeu um investimento de mil milhões e que os hospitais privados sejam obrigados a divulgar dados como grelhas salariais, à semelhança do setor público.
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