“Deixo aqui dois apelos: primeiro, vamos acabar com as chamadas falsas para o 112, pois têm como consequência o desperdício de meios essenciais ao socorro da população. Segundo, quando telefonarem para o 112, forneçam toda a informação que vos é pedida e cooperem na realização das ações que os profissionais de saúde solicitarem. Essas ações poderão salvar vidas”, avançou Teresa Machado Luciano.
A secretária regional da Saúde, que tutela a área da Proteção Civil nos Açores, falava, em Angra do Heroísmo, na abertura de uma conferência que assinalou o arranque das comemorações do 40.º aniversário da criação do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).
Segundo dados da Proteção Civil dos Açores, em 2019 foram feitas 34 mil chamadas reais para o 112 no arquipélago.
As chamadas falsas não são registadas, mas o serviço estima que sejam “três a quatro vezes” superiores ao número de chamadas reais.
No Dia Europeu do 112, o presidente do SRPCBA, Carlos Neves, apelou também à calma e à colaboração de quem liga para o número de emergência.
“O que acontece muitas vezes é que as pessoas devido à aflição por terem um familiar próximo a necessitar de auxílio perdem um pouco a calma, portanto o apelo que eu faço é que escutem as recomendações, respondam às perguntas, tentem dar o máximo de informação possível, porque só com o máximo de informação é que se pode fazer uma correta triagem e mandar o meio adequado e com a rapidez necessária para proceder ao socorro”, apontou.
Carlos Neves garantiu, por outro lado, que houve um reforço de meios da Polícia de Segurança Pública (PSP), que faz a triagem das chamadas, numa primeira fase, no Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
“Desde o final do ano passado a situação melhorou, o número de agentes que a PSP colocou ao atendimento à linha 112 melhorou. Têm sempre no mínimo dois, e por vezes três, agentes por turno e quando nós sabemos de situações de previsível mau tempo temos um bom contacto com a PSP, que aumenta o número de agentes disponíveis”, apontou.
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