"O lince estará de volta à Serra da Malcata, mas se o trouxermos agora para aqui e o introduzirmos não tem condições para aqui poder viver. Por isso, em conjunto com as câmaras de Penamacor e do Sabugal, desde há um ano que estamos a trabalhar com esse objetivo", afirmou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
O governante, que falava à margem de uma sessão dedicada ao projeto de proteção e restauro de espécies e habitats prioritários na reserva natural da Serra da Malcata, adiantou que se trata de um trabalho moroso, porque é preciso preparar os terrenos e controlar a febre hemorrágica dos coelhos.
"Quando conseguirmos isso e o objetivo é com meio milhão de euros em cinco anos chegarmos aí, um ano já passou, e daqui a quatro anos haver condições para introduzir o lince na Serra da Malcata", explicou.
O ministro explicou ainda que são necessários três coelhos por hectare para que o lince possa viver e, neste momento, na Malcata, os valores são de apenas 0,5 coelhos por hectare.
"Falta criar condições para que, em primeiro lugar, o coelho possa aqui viver", concluiu.
Já o presidente da Câmara de Penamacor, António Beites, mostrou-se satisfeito com as boas notícias e a criação de habitat para que o lince possa voltar à Serra da Malcata e em paralelo seja feita a prevenção florestal.
"Ninguém em Portugal consegue dissociar o lince da Serra da Malcata. Quando assim é, faz todo o sentido que este tipo de projeto seja aqui implantado", disse.
Comentários