Os parlamentares conservadores decidiram, numa votação de 73 contra 45, retirar da liderança O'Toole, criticado por tentar aproximar o partido do centro do espetro político.
Esta saída pode ter significativas implicações para o Partido Conservador do Canadá, pois pode virar-se agora mais para a direita ou até para o populismo.
O'Toole tinha-se apresentado há mais de um ano como um "conservador verdadeiro" e tornou-se líder do partido com a promessa de "retomar o Canadá".
No entanto, imediatamente começou a trabalhar para empurrar o partido para o centro político e perdeu as eleições federais no outono passado.
A estratégia de O'Toole incluía a rejeição de posições vistas como fundamentais para o partido, em matérias como alterações climáticas, armamento ou orçamentos equilibrados.
O líder conservador pretendia assim atrair uma fação mais ampla de eleitores, num país que tende a ser muito mais liberal do que os Estados Unidos.
Um dos principais candidatos à liderança dos conservadores é agora Pierre Poilievre, deputado do partido que se tem reunido com opositores da vacinação obrigatória e de outras restrições relacionadas com a pandemia de covid-19, que se encontram em protesto em Otava.
Nas eleições de outono, o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau defendeu que os canadianos não queriam um governo conservador durante a pandemia e expressou as preocupações dos cidadãos que estavam contra aqueles que se recusam a ser vacinados.
O'Toole foi o terceiro rival político conservador derrubado por Trudeau, do Partido Liberal do Canadá (LP).
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