“As declarações do doutor Rui Rio permitem-me concluir que está equivocado quanto ao modelo do voto antecipado em mobilidade, porque as pessoas votam nas áreas em que é permitido mas de facto o seu voto conta para eleger deputados precisamente na zona onde estão recenseadas”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
Numa ação de campanha em Castelo Branco, o líder centrista foi instado a comentar as palavras de Rui Rio, que na rede social Twitter escreveu: “O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau!”, depois de o líder socialista ter anunciado que pretende votar no dia 23 de janeiro, no Porto.
O presidente do CDS-PP disse que não vai seguir o exemplo de António Costa e vai exercer o seu direito de voto no dia das eleições, a 30 de janeiro, sustentando que “os partidos políticos, os seus líderes, candidatos, devem também dar o exemplo às pessoas” porque “é o dia em que a maior parte dos portugueses poderão exercer o seu direito de voto”.
E criticou o Governo, que “falhou na antecipação e no planeamento do voto no dia 30 de janeiro uma vez mais”, apontando que o executivo “corre atrás do prejuízo”, e defendeu que esta solução “está coxa” e “vai impedir muitos portugueses de exercer o seu direito de voto”.
“Não era muito difícil prever e adivinhar que, com a escalada de contágios e com a possibilidade de aparecimento de novas variantes, sobretudo nas estações mais frias, que houvesse muitos portugueses impedidos de exercer o seu direito de voto”, considerou.
O líder do CDS-PP reiterou que “a melhor de todas as soluções em cima da mesa” seria a eleição decorrer em dois dias, no “29 para infetados ou confinados e no dia 30 para a população em geral”.
O presidente do CDS-PP esteve hoje numa ação de campanha em Castelo Branco, onde estava previsto um contacto com a população. No entanto, a comitiva centrista encontrou ruas desertas.
Acompanhado pela cabeça de lista por aquele círculo, Maria Inês Moreira, o líder sustentou que se deslocou à “capital de distrito com menos habitantes” e onde o partido não elegeu deputados nas últimas eleições legislativas, em 2019, para “mostrar o estado em que está o interior do país”.
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