Em entrevista à cadeia televisiva norte-americana CNN, Tsai destacou que há uma “ampla gama de cooperação” com os EUA para “aumentar a capacidade de defesa” de Taiwan, mas evitou especificar o número de soldados norte-americanos destacados, limitando-se a dizer que são “menos do que se acredita”.
No início deste mês, o jornal The Wall Street Journal revelou que um destacamento formado por cerca de vinte membros das forças especiais e do Corpo de Fuzileiros Navais está destacado na ilha há pelo menos um ano para treinar o Exército local.
Na semana passada, o Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou que os Estados Unidos “têm o compromisso” de defender militarmente Taiwan, caso a China decida atacar a ilha.
Em entrevista à CNN, Tsai afirmou ter “fé que os Estados Unidos defenderão” a ilha, perante um ataque da China.
Tsai garantiu que a ameaça de Pequim “cresce a cada dia”.
Nas últimas semanas, a China aumentou as incursões aéreas perto de Taiwan, o que fez com que a tensão entre Taipé e Pequim aumentasse para o nível mais alto em quatro décadas, segundo o ministro de Defesa da ilha.
A líder de Taiwan garantiu também a sua disponibilidade para “coexistir pacificamente” e reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping, visto que “mais comunicação ajudaria a reduzir os mal-entendidos” entre as duas partes.
Na terça-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, encorajou todos os estados-membros das Nações Unidas a unirem-se a Washington “para apoiar uma coordenação forte e significativa de Taiwan em todo o sistema da ONU e na comunidade internacional”.
O secretário de Estado argumentou que Taiwan é uma “história de sucesso democrático” e um “parceiro valioso” e “amigo de confiança” dos Estados Unidos.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
O nome oficial de Taiwan é República da China.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
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