“Já tivemos uma experiência muito dolorosa ainda há pouco tempo nas eleições autárquicas, quando muita gente, fiando-se nas sondagens, teve medo ou achou que não era necessário votar no PS”, declarou António Costa na parte final do longo discurso que proferiu no comício da Guarda.
O líder socialista apontou depois que, em consequência desse excesso de confiança, no dia seguinte as eleições autárquicas, muitos eleitores socialistas “acordaram surpreendidos porque, afinal, o PS tinha perdido aquela câmara, ou não tinha ganho aquela outra câmara”.
“Por isso, que ninguém se deixe iludir por sondagens, porque não se ganham as eleições nas sondagens. As eleições ganham-se nas urnas, ganham-se com votos, com o voto de cada. É assim que vamos ganhar no próximo dia 30”, reforçou.
Neste contexto, o secretário-geral do PS fez novo apelo à mobilização dos socialistas.
“Muitos seguramente irão votar já no próximo dia 23, outros irão votar no próximo dia 30, mas o que é fundamental, o que é indispensável é que todos nos mobilizemos para votar”, frisou.
Antes, Ana Mendes Godinho, cabeça de lista socialista pela Guarda, fez um discurso com várias críticas ao PSD, dizendo que o PS provou que “receitas diferentes da austeridade funcionam”. “Afinal, não é preciso convidar os outros a emigrar”, completou.
Numa alusão aos quase dois anos de combate à pandemia da covid-19, Ana Mendes Godinho considerou que “têm sido tempos muito exigentes, mesmo tempos de guerra”.
“Tempos que mostram que o tempo corre contra nós e, por isso, temos de dar saltos muito grandes para não perder o futuro”, assinalou, numa mensagem destinada a defender a estabilidade política em Portugal.
Depois, procurou colocar em contraponto o programa do PS para as regiões do interior e a ação de governos do PSD para estas regiões do país.
“A centralidade ibérica é aqui na Guarda. Nós, do, PS, não somos passivos, somos atores, estamos para agir e lutar. O PSD suspendeu, congelou, encerrou, desistiu do interior e desistiu do interior. Este é o tempo de desconstruir fatalidades”, declarou.
Na parte final do seu discurso, Ana Mendes Godinho acusou os sociais-democratas de terem uma atuação política dúplice.
“O PSD, na oposição, tudo quer, mas quando está no Governo em tudo desiste”, disse.
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