“Estou a trabalhar com o ministro do Ambiente para que possamos densificar não só a malha da prevenção e vigilância, mas também o quadro sancionatório para os incumprimentos que venham a ser encontrados quer na qualidade do ar interior como exterior”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, numa conferência de imprensa que decorreu no hospital São Francisco Xavier, onde um surto de 'legionella' já infetou 35 pessoas e causou a morte a duas.
Sem especificar sobre que alterações concretas se pretendem na legislação, o governante sublinhou que o importante é “densificar a malha inspetiva” e, sobretudo, agravar “o quadro sancionatório quando existe uma falha”.
O Bloco de Esquerda veio defender já hoje a necessidade de alterações legislativas para reforçar a prevenção de contaminações por 'legionella', tendo apresentado dois projetos de lei, prevendo a obrigatoriedade de auditorias à qualidade do ar interior e à pesquisa de colónias de ‘legionella’ em edifícios com climatização que, até às alterações legais de 2013, eram de dois em dois anos.
A doença dos legionários, causada pela bactéria 'Legionella pneumophila', é uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.
A infeção pode ser contraída pela inalação da bactéria presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria.
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