A TVI noticiou hoje que a bactéria responsável pela doença dos legionários foi detetada no IPO de Lisboa.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do IPO de Lisboa, João Oliveira, afirmou que “não há nenhum surto de legionelose [doença dos legionários] no IPO” e que “não há nenhum doente infetado, não há nenhum doente com suspeita de infeção”.
“O que aconteceu foi a deteção nas pesquisas normais que se fazem regularmente à presença de ‘legionella’ na água quente” em alguns sítios do hospital, como já aconteceu noutras alturas, disse João Oliveira.
João Oliveira explicou que “é comum” haver ‘legionella’ nos sítios em que haja água quente, nomeadamente em depósitos, seja nos hospitais ou em casa.
“A existência da ‘legionella’ na água é frequente, a existência de doenças por ‘legionella’, designadamente pneumonia, é rara”, frisou.
“E é isso que está a acontecer neste momento, nós detetámos ‘legionella’, como é quase impossível não detetar na água, mas não temos nenhum doente sequer que suspeitemos de doença provocada pela ‘legionella’”, disse João Oliveira.
Na sequência da deteção da bactéria, foram tomadas “todas as medidas de precaução” que estão preconizadas nas diretrizes, nomeadamente a colocação de filtros, juntar alguns elementos à água, além de estarem a ser feitos regularmente os choques térmicos que são aconselhados também nestas circunstâncias.
“Tomámos essas medidas nos sítios em que agora detetámos a ‘legionella’”, adiantou o presidente do IPO de Lisboa.
A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.
A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.
A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.
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