O Comité de Investigação da Rússia abriu um processo criminal na semana passada pela execução de pelo menos 11 soldados russos capturados no território da região leste de Lugansk e que, segundo Moscovo, estavam desarmados.
“Não é preciso dizer que a Rússia vai procurar por conta própria aqueles que cometeram esse crime. Eles devem ser encontrados e punidos”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.
O porta-voz do Kremlin sublinhou que “a Rússia fará tudo o que é possível no âmbito dos mecanismos internacionais para chamar a atenção para este crime e levar à justiça aqueles que possam estar envolvidos nele”.
Questionado sobre se a Rússia vai pedir para colocar os alegados autores na lista internacional de procurados, Peskov respondeu que esse pedido só faria sentido se houvesse alguma “indicação de eficácia ou esperança de eficácia”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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