“Os ataques terroristas abjetos atingiram o coração da Europa, na Bélgica, em Bruxelas, esta cidade poliglota, multinacional, onde gostamos de viver juntos em harmonia. Confrontados com esta violência sem precedentes e incompreensível, os bruxelenses e os belgas, apoiados por todos os povos da Europa, escolheram resistir e não perder a esperança”, afirmou Jean-Claude Juncker, que participou na cerimónia de inauguração de um monumento de homenagem às vítimas dos ataques, no quarteirão europeu de Schuman, na capital belga.
Segundo o presidente do executivo comunitário, “perante esta terrível provação, os europeus afirmaram a sua unidade na luta contra o terrorismo que ameaça a sua segurança e a paz em todo o mundo, e mostraram a sua determinação em defender os nossos valores e as nossas liberdades a todo o custo”.
“É por isso que os terroristas falharam, porque nós respondemos ao ódio e à violência com a nossa determinação em defender a democracia e a coexistência pacífica na diversidade. E é sobre estes ideais nobres tão queridos aos europeus que devemos construir o nosso futuro. Devemo-lo a cada uma das vítimas destes atentados”, declarou.
Lembrando que uma das 32 vítimas mortais dos ataques era uma funcionária da Comissão Europeia, Juncker apontou que “um ano após os aterradores atentados de 22 de março de 2016 que deixaram de luto toda a Europa, a memória das vítimas permanece e permanecerá sempre gravada” nas memórias e nos corações de todos.
Os atentados, cometidos no aeroporto internacional de Bruxelas e na estação de metro de Maelbeek, e reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, foram os mais graves de sempre em território belga, tendo causado 32 mortos e cerca de duas centenas de feridos.
O Presidente da República português participa hoje nas cerimónias do primeiro aniversário dos atentados de Bruxelas, por ocasião de uma visita oficial à Bélgica, durante a qual será recebido pelos presidentes das instituições da União Europeia e pelo rei Filipe.
Marcelo Rebelo de Sousa iniciará a visita com uma audiência, às 11:30 (menos uma hora em Lisboa), com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após a qual deslocar-se-á ao monumento evocativo dos atentados de 22 de março de 2016, que vai ser inaugurado nas imediações das instituições europeias, no quarteirão europeu de Schuman, para depositar uma coroa de flores em memória das vítimas.
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