“Temos uma proposta concreta contra a usurpação, a fome e a miséria: a formação de um Conselho de Estado plural para poder atender o povo e convocar eleições presidenciais livres, justas, transparentes e garantias para todos”, anunciou, através da sua conta no Twitter.
Segundo o líder opositor, com a criação do Conselho de Estado Plural a oposição ratifica o plano centrado numa mudança de regime no país.
A proposta conta “com o apoio de todos os setores sociais e políticos da Venezuela, a aprovação unânime da AN, o aval da comunidade internacional e o acompanhamento dos venezuelanos”, disse.
“Ratificamos a nossa proposta de solução para a crise em nosso país. Que o usurpador diga ao seu entorno, às Forças Armadas e aos venezuelanos que esta proposta, que já conta com o apoio do mundo livre, não é viável nem constitucional”, sublinhou.
Segundo Guaidó, “se o regime pretende reincidir em farsas, apenas piorará o conflito”.
“Acelerar a mudança depende de todos, por isso estaremos unidos em todas as frentes, procurando mais apoio e pressão (contra o regime). Estamos perto da vitória da Venezuela!”, disse.
Por outro lado, durante a instalação do Congresso Político da Frente Ampla para a declaração de Unidade Nacional, Guaidó anunciou que vai entregar à ONU provas de violações dos Direitos Humanos na Venezuela.
Juan Guaidó acusou o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, de estar a “sabotar” o acordo assinado na passada segunda-feira, entre quatro pequenos partidos opositores e o Governo venezuelano.
“Cabello sabotou o acordo entre eles”, disse.
Segunda-feira, o Governo do Presidente Nicolás Maduro e quatro pequenos partidos opositores (Avançada Progressista, Soluções para a Venezuela, Movimento Ao Socialismo e Cambiemos) chegaram a um acordo para instalar uma nova mesa de diálogo.
O acordo foi assinado em Caracas, na Casa Amarilla (Ministério dos Negócios Estrangeiros), e prevê, entre outras coisas, que os deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) regressem de imediato ao parlamento (onde a oposição detém a maioria), acusado de desacato pelo regime.
Também que seja formado um novo Conselho Nacional Eleitoral, que sejam dadas garantias aos processos eleitorais e que alguns presos políticos beneficiem de medidas alternativas à prisão.
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