Mais de uma centena de jovens esteve hoje no salão paroquial da igreja do Parque das Nações, em Lisboa, a assistir à transmissão em direto da missa de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, onde decorreu o anúncio de que as próximas Jornadas, em 2022, serão em Portugal.
O anúncio oficial, que já muitos no salão paroquial esperavam, foi recebido com aplausos, sorrisos, abraços e gritos de “Portugal, Portugal”.
Depois dos primeiros minutos de celebração, o grupo de jovens que se deslocou ao centro paroquial do Parque das Nações cantou, em pé, o hino nacional de Portugal, enquanto algumas bandeiras portuguesas iam sendo agitadas.
Mesmo antes do anúncio, os jovens já tinham gritado vivas ao ouvirem a primeira leitura da missa no Panamá, que foi feita em português.
Aliás, os mais de cem jovens presentes no salão paroquial da igreja do Parque das Nações foram sempre seguindo a eucaristia no Panamá, acompanhando os cânticos e os aplausos.
O padre Tiago Esteves, um dos organizadores do encontro de hoje na paróquia do Parque das Nações, assume que será um desafio para Portugal receber as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, que considera como fundamentais “para dinamizar a Igreja portuguesa”.
“É sobretudo um desafio muito grande. Para a Igreja em Portugal será o desafio de ser criativa a anunciar o evangelho, de se desinstalar e de ir ao encontro do outro”, afirmou Tiago Esteves em declarações à agência Lusa logo após o anúncio.
Para este padre, a juventude católica portuguesa está “relativamente habituada às Jornadas Mundiais”, recordando que são muitos os jovens portugueses que costumam participar e “já conhecem essa realidade”.
Hugo Morais, que se deslocou da paróquia do Ramalhal, Torres Vedras, à igreja do Parque das Nações, afirma que recebeu com “grande alergia” o anúncio de que Portugal será o próximo anfitrião das Jornadas Mundiais da Juventude, embora tenha assumido que “já se estava à espera”.
Para este católico, as Jornadas serão boas para “os jovens portugueses que estão longe da fé”.
“Pode voltar a nascer essa chama entre eles”, disse à Lusa, considerando que é importante trazer mais jovens para a comunidade católica.
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