“Deixe-me colocar a questão da seguinte forma: se ele (Trump) ganhar a reeleição, asseguro que não existirá NATO daqui a quatro ou cinco anos”, disse o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, numa entrevista ao canal de informação CNN, a propósito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), a aliança política e militar fundada 1949 que integra atualmente 29 países.
À CNN, Joe Biden, atual líder das sondagens entre os mais de 20 candidatos que estão na corrida para a nomeação democrata, afirmou estar preocupado com a ideia de que os Estados Unidos possam estar “sozinhos, sem alianças nos próximos 20 ou 30 anos" e considerou que tal cenário seria um “desastre”.
“Venho de uma geração em que estávamos a tentar ser os polícias do mundo. Não podemos ir a todos os lugares. Precisamos de aliados”, defendeu Biden, que anunciou a sua candidatura no passado 25 de abril.
O antigo vice-presidente da administração de Barack Obama (2009-2017) lamentou que Trump esteja “abraçado a bandidos” e a “ditadores”, referindo-se de forma direta ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, e ao Presidente russo, Vladimir Putin.
Biden também acusou Trump de ter uma atitude intransigente “com os amigos” no cenário mundial e de “ameaçar a NATO”.
Donald Trump tem expressado em diversas ocasiões o seu ceticismo em relação à Aliança Atlântica.
Durante a campanha eleitoral das presidenciais norte-americanas de 2016, e mesmo após a sua designação como Presidente dos Estados Unidos, Trump chegou a qualificá-la como uma organização “obsoleta”.
Também é frequente repreender os Estados-membros da Aliança por não pagarem a sua parte na defesa comum, de falharem as metas acordadas (gastar na Defesa 2% do seu Produto Interno Bruto) e de se apoiarem sempre nos Estados Unidos.
Em reação às declarações do candidato democrata, Donald Trump seguiu a mesma linha de pensamento: “Diga ao Biden que a NATO se aproveitou dele e do Presidente Obama e que agora estão a pagar”.
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