"Para o PCP, quem levou uma vida inteira a trabalhar e tem pelo menos 40 anos de descontos devia ter direito à reforma por inteiro e sem penalizações. Esta é a nossa posição. Temos Lutado e vamos continuar a lutar para que assim seja", disse o líder comunista perante cerca de 700 militantes da CDU no Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia Nacional, em Paio Pires, no concelho do Seixal.
"A proposta que foi adiantada pelo Governo fica aquém do que temos defendido, mas, estarão de acordo, camaradas, que tudo o que vier é ganho. E vamos continuar a nossa luta para que se encontre uma solução mais justa para essa geração sacrificada, de trabalhadores com uma longa carreira contributiva", acrescentou.
Num discurso em que reafirmou as críticas à União Europeia, que voltou a acusar de estar a arranjar novos pretextos para penalizar o país depois de Portugal ter conseguido um défice de 2,1% em 2016, abaixo do limite estabelecido pela Comissão Europeia, no plano nacional, Jerónimo de Sousa criticou também o Bloco de Esquerda, por fazer da CDU o principal adversário na margem sul do tejo.
"Nesta nova fase da vida política nacional, ganha mais importância a afirmação distintiva do projeto da CDU, o caráter diferenciador das suas propostas e opções, a dimensão da alternativa clara e assumida à gestão e projetos de outras forças políticas, sejam PSD e CDS, seja o PS, seja o BE", disse.
"E dizemos BE, porque, muitas vezes, quase que não se lhes pode tocar que ficam logo ofendidos. Mas vir aqui para a margem sul dizer que o adversário principal é a CDU, que o que é preciso é retirar maiorias absolutas à CDU, aqui no Seixal ou em Almada, estão a demonstrar que para eles o adversário principal é a CDU. Para eles a direita, o PS, não importa", acrescentou o líder comunista.
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