Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, sobre a segunda fase de desconfinamento de atividades económicas e sociais no atual quadro de pandemia de covid-19.
Questionado sobre o estado das relações entre António Costa e Mário Centeno, o líder comunista não aprofundou o assunto e invocou a habitual linha de conduta seguida pelo seu partido.
“O PCP nunca defendeu o princípio de que a política se faz arrumando ministro a ministro. Há um coletivo, há um Governo e um primeiro-ministro que tem essa responsabilidade particular. Não temos essa visão de trabalhar à peça”, respondeu o secretário-geral do PCP numa “alusão ao episódio” entre o ministro das Finanças e o primeiro-ministro.
Jerónimo de Sousa disse depois que o PCP aguardará o desfecho desse episódio entre o primeiro-ministro e o seu ministro de Estado e das Finanças, mas reforçou a sua mensagem: “Não peçam ao PCP para ir salamizando o Governo, porque a responsabilidade é do Governo no seu conjunto”.
“O primeiro-ministro decidirá e atuará”, acrescentou.
Perante os jornalistas, o secretário-geral do PCP adiantou também que, até agora, a questão da nomeação do novo governador do Banco de Portugal não foi abordada.
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