O balanço provisório anterior dava conta de 78 mortos e 51 desaparecidos, com as autoridades a alertar que o número de vítimas podia aumentar, uma vez que centenas de edifícios ficaram destruídos.
A chuva dificultou as buscas efetuadas por milhares de membros do exército, dos bombeiros e polícias de todo o país.
A janela de 72 horas, considerada crucial para encontrar sobreviventes depois de uma catástrofe natural, fechou-se na quinta-feira, e o governador de Ishikawa, Hiroshi Hase, afirmou recear “uma queda brusca da taxa de sobrevivência de pessoas em risco”.
O sismo fez ruir centenas de edifícios e destruiu várias estradas na zona. Na cidade portuária de Wajima, no norte da península de Noto, uma das mais atingidas, são ainda visíveis colunas de fumo, na sequência de um incêndio, ocorrido depois do abalo.
De magnitude de 7,6 na escala aberta de Ritcher, o sismo foi sentido em Tóquio, a cerca de 300 quilómetros de distância da península de Noto, no departamento de Ishikawa, uma faixa de terra de uma centena de quilómetros, banhada pelo mar do Japão.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, considerou esta “a mais grave catástrofe” da era Reiwa, que começou em 2019 com a entronização do atual imperador Naruhito.
Em março de 2011, um sismo de magnitude 9,0 seguido por um tsunami na costa nordeste, causou quase 20 mil mortos e desaparecidos, desencadeando ainda o desastre nuclear de Fukushima, o mais grave desde Chernobyl (Ucrânia) em 1986.
O Japão situa-se no chamado “anel de fogo do Pacífico”, zona de grande atividade sísmica e vulcânica, onde são registados milhares de sismos por ano, na maioria de magnitude fraca a moderada, e com perto de 120 vulcões ativos.
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