A experiência política de Jaime Ramos - que já foi deputado à Assembleia da República, entre 1979 e 1985, e vice-presidente do grupo parlamentar dos sociais-democratas - é uma das razões apontadas pelos dirigentes locais do PSD e dos centristas para a escolha deste nome para a Câmara de Coimbra, perdida em 2013 para o PS.
Fundador e presidente da Associação e, mais tarde, Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional), instituição particular de solidariedade social de Miranda do Corvo que criou o Parque Biológico da Serra da Lousã e o Templo Ecuménico Universalista, Jaime Ramos é porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda do Corvo, que reivindica a reabertura do ramal ferroviário da Lousã.
Foi eleito presidente da Câmara de Miranda do Corvo (distrito de Coimbra) em 1979 e 1982, pela AD (Aliança Democrática), e em 1985 e 1989, pelo PSD.
Abandonou o cargo em 1990, para assumir o lugar de governador civil (1990/91), depois de, em 1982, ter presidido à Administração Distrital de Saúde de Coimbra e, em 1994/95, ter assumido as funções de presidente da Administração Regional de Saúde do Centro.
Em 2001, admitiu candidatar-se à liderança da Câmara de Coimbra, mas o PSD optou pelo antigo secretário de Estado, antigo governador civil de Coimbra e ex-deputado Carlos Encarnação.
O partido conquistou a autarquia nesse ano e nas eleições de 2005 e de 2009, concorrendo em listas conjuntas com o CDS.
O convite a Jaime Ramos para liderar a lista do PSD e do CDS-PP - à qual se poderão juntar o Partido Popular Monárquico (PPM) e Partido da Terra (MPT) - é explicado pelos dirigentes locais daquelas duas forças políticas com a experiência do ex-autarca de Miranda do Corvo, “essencialmente enquanto empreendedor, alicerçada em ímpar obra social”, sobretudo através da Fundação ADFP.
“Dado o ambiente de estagnação, falta de ambição e de esperança no futuro” em Coimbra, os líderes das concelhias social-democrata e centrista, Paulo Leitão e Luís Providência, respetivamente, entendem ser responsabilidade dos seus partidos “dar resposta a todos quantos não se reveem nesta forma de estar na política”, conforme afirmaram na sessão de apresentação do seu cabeça de lista.
Jaime Ramos, consideraram, é a pessoa indicada para o efeito.
Desde que a candidatura foi anunciada, Jaime Ramos, de 64 anos de idade, tem promovido diversas iniciativas em Coimbra, designadamente encontros com responsáveis de outras forças políticas e de instituições da cidade, como a Universidade de Coimbra.
Tem também realizado ações para apontar “problemas” na cidade, como no Parque Verde e na urbanização Jardins do Mondego.
A sua candidatura “assentará numa lógica de independência pessoal e partidária” e será “dialogante e cooperante com todas as forças políticas representadas na autarquia”, assegurou Jaime Ramos, na sua página do Facebook, confirmando, a 06 de fevereiro, a sua “disponibilidade para ser candidato a presidente da Câmara Municipal de Coimbra”.
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