A medida atingirá o enclave palestiniano que já sofre com cortes de eletricidade, o que afeta particularmente os hospitais.
Lieberman destacou que a medida se deve "à continuação do terrorismo com balões incendiários e aos confrontos na fronteira" entre Israel e a Faixa de Gaza.
A 17 de julho, Israel reforçou o bloqueio na Faixa de Gaza ao interromper o fornecimento de combustível como represália ao lançamento de balões incendiários em direção ao sul do país, onde 3.000 hectares foram queimados.
No dia 9 de julho o governo israelita anunciou o encerramento do terminal de Kerem Shalom, o único ponto de passagem de mercadorias entre Israel e a Faixa de Gaza, onde quase 80% dos dois milhões de habitantes recebem ajuda, segundo o Banco Mundial.
As restrições foram retiradas parcialmente após um período de tréguas anunciado no fim de julho entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Balões incendiários
Depois de alguns dias de calma, os balões incendiários voltaram a ser lançados a partir do território israelita. Na quarta-feira, foram registados sete incêndios, segundo o serviço de bombeiros israelita.
Desde abril foram queimados 3.000 hectares em território israelita.
Também ocorreram outros incidentes na fronteira entre Gaza e Israel. O exército israelita atacou na quarta-feira da semana passada postos militares do Hamas, depois de os seus soldados terem sido atacados.
Três palestinianos, entre eles um menino de 12 anos, morreram durante o fim de semana por causa dos ataques israelitas.
Israel denunciou então que 7.000 palestinianos "amotinados" atiraram pedras e pneus contra soldados que se encontravam atrás da barreira que separa Gaza de Israel.
Pelo menos 157 palestinianos foram mortos pelo exército israelita desde 30 de março, quando começou a onda de protestos em Gaza contra o bloqueio e a colonização israelita.
Apenas um soldado israelita morreu, a 20 de julho, na fronteira.
A ONU já se mostrou alarmada pelas carências provocadas pelo bloqueio ao fornecimento de combustível, necessário para fazer funcionar geradores de eletricidade, que são usados na produção e distribuição de água potável.
Já o capitão de um barco de bandeira norueguesa acusou Israel de ter cometido uma violação ao inspecioná-los em águas internacionais.
O barco "Awda" ("Retorno", em árabe), com 22 pessoas a bordo, quer denunciar o bloqueio israelita.
Para o exército israelita, a embarcação tenta "violar o bloqueio naval legal imposto à Faixa de Gaza".
"Fomos inspecionados em águas internacionais e estávamos mais perto do Egito do que de Israel", afirmou o capitão Herman Reksten.
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