Apesar de a resolução do Conselho de Segurança da ONU ter passado a 23 de dezembro, exigindo que Israel parasse imediatamente com todas as construções de colonatos, “nenhuma dessas medidas foi tomada”, disse Nickolay Mladenov no seu primeiro relatório ao conselho desde que a resolução foi adotada.
“Os anúncios de Israel sobre o aumento dos colonatos ilegais em janeiro são profundamente perturbadores”, disse.
Em janeiro, Israel fez cinco anúncios de construção de colonatos, que totalizaram mais de seis mil casas na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
No início de fevereiro, Israel declarou a sua intenção de construir aquilo que o grupo anti-colonatos Peace Now diz ser o primeiro novo colonato do Governo israelita desde 1992.
Mladenov expressou também preocupação com a aprovação, pelo parlamento israelita, de uma nova lei sobre colonatos, a 6 de fevereiro, que legaliza com retroatividade dezenas de construções judias e milhares de casas de colonos construídas em terrenos privados palestinianos na Cisjordânia ocupada.
A nova lei vai permitir a Israel apreender legalmente terrenos privados palestinianos em que os israelitas realizaram construções sem saberem que eram propriedade privada ou porque o Estado o permitiu.
Os proprietários palestinianos vão ser compensados financeiramente ou com outros terrenos.
Mladenov disse que a lei representa uma grande mudança na posição de Israel em relação à questão da legalidade nos territórios palestinianos ocupados.
Os colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental são ilegais ao abrigo da lei internacional e representam um impedimento à paz, ao serem construídos em terrenos que os palestinianos querem para o seu próprio Estado.
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