Numa cerimónia, transmitida pela televisão, Rivlin dirigindo-se a Netanyahu, declarou que após consultas aos líderes dos partidos com assento parlamentar, “65 deputados [dos 120] recomendaram-vos”.
Benjamin Netanyahu fica assim encarregue de formar o próximo Governo israelita, que iniciará funções sob o signo dos problemas judiciais do primeiro-ministro e a iniciativa, esperada dos Estados Unidos, para resolver o conflito com os palestinianos.
O primeiro-ministro indigitado terá agora 28 dias para chegar a um acordo com seus parceiros com vista a constituir Governo. O prazo pode ser prorrogado por 14 dias.
Netanyahu, de 69 anos, tem sido uma figura dominante a ponto de parecer imbatível, afirma a agência noticiosa France-Presse.
Caso consiga formar Governo, iniciará um quinto mandato; tendo estado no poder continuamente desde 2009, com um mandato anterior entre 1996 e 1999, e poderá bater em julho o recorde de longevidade de David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel.
À frente do Governo mais direitista da história de Israel, entre 2015 e 2019, Netanyahu liderará uma coligação de direita, composta por formações mais ou menos radicais e mais ou menos religiosas, e de partidos ultraconservadores, segundo a AFP.
Os ortodoxos representam 10% dos israelitas que observam rigorosamente as regras do judaísmo.
“Eu serei o primeiro-ministro de todos”, disse Netanyahu na terça-feira, usando um tom unificador num brinde com os apoiantes, depois de uma campanha em que seu partido, o Likud, multiplicou os ataques pessoais contra seu principal concorrente, o general Benny Gantz, e utilizou preconceitos antiárabes.
A AFP antecipa que Netanyahu terá a tarefa delicada de conciliar as exigências e os interesses contraditórios dos seus futuros aliados, começando com o partido nacionalista e secular Israel Beiteinou e os partidos ultra-ortodoxos.
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