A aldeia de Khan al-Ahmar, situada a leste de Jerusalém, perto de colonatos israelitas, é sobretudo constituída por habitações e estruturas frágeis, como é geralmente o caso das aldeias beduínas da região. Na aldeia vivem cerca de 200 pessoas.
“O objetivo é dar uma hipótese às negociações e propostas que recebemos de diferentes partes, incluindo nos últimos dias”, informou o gabinete de Netanyahu, em comunicado hoje emitido.
Poucas horas depois deste comunicado, Netanyahu indicou, contudo, que a aldeia acabará por ser demolida: “É a nossa política e será implementada (…) Não pretendo adiá-la indefinidamente, mas por um período curto e limitado”.
As declarações de Netanyahu, citadas pelas agências internacionais de notícias, foram proferidas antes de uma reunião em Jerusalém com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) já alertou que se Israel prosseguir com a decisão de destruir a aldeia palestiniana, tal ato poderia constituir um crime de guerra.
Israel afirma que a aldeia foi ilegalmente construída e oferece como contrapartida à demolição o realojamento dos habitantes noutra área, a alguns quilómetros.
Os palestinianos e outros críticos de Israel afirmam que a demolição visa expandir a ocupação israelita.
Governos europeus, as Nações Unidas e organizações não-governamentais pressionaram contra a demolição da aldeia beduína, considerando que tal permitirá alargar os colonatos e cortar em dois o território da Cisjordânia, tornando mais difícil a criação eventual de um Estado palestiniano.
Israel impõe restrições severas à construção por parte dos palestinianos e as demolições de habitações não são raras.
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