Aviões de combate israelitas bombardearam as posições onde os ataques estavam a ser feitos, desconhecendo-se ainda se o ataque fez vítimas.

Os ataques palestinianos vêm na sequência de quatro pessoas terem sido mortos a tiro, na sexta-feira, pelo exército israelita em Gaza durante protestos e confrontos junto à barreira de segurança que separa o enclave de Israel.

Pelo menos dez outros palestinianos sofreram ferimentos provocados por balas.

As vítimas mortais, todos homens com idades compreendidas entre os 22 e os 27 anos, foram mortos em incidentes separados registados ao longo da barreira de segurança.

Uma das vítimas mortais, um homem de 27 anos identificado como Mohamed Abdul Nabi, foi atingida com um tiro na cabeça quando estava junto da barreira de segurança a leste da cidade de Jabalia, na zona norte do enclave palestiniano controlado pelo movimento radical Hamas desde 2007, precisou o porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, Achraf al-Qodra.

Desde 30 de março, palestinianos manifestam-se todas as sextas-feiras junto à barreira de segurança que separa a Faixa de Gaza do território israelita, alguns queimando pneus ou atirando pedras contra os soldados israelitas, no âmbito dos protestos conhecidos como “Marcha do Retorno”.

Estes protestos visam denunciar o bloqueio israelita imposto à Faixa de Gaza há mais de 10 anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.

Os soldados israelitas têm respondido com gás lacrimogéneo e fogo real.

Desde o início dos protestos morreram pelo menos 212 palestinianos e mais de 20.000 ficaram feridos, muitos deles atingidos por balas reais.

Um soldado israelita foi morto por um atirador furtivo palestiniano no mesmo período.