De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), a subida rápida das águas inundou uma parte da cidade de Kandahar, assim como de distritos vizinhos, onde foi registada uma precipitação que ascendeu aos 97mm durante um período de 30 horas.
“Pelo menos 10 pessoas, incluindo crianças, ainda estão desaparecidas”, declarou a agência das Nações Unidas através de um comunicado. “Foram afetadas umas 2000 casas nos distritos abrangidos, incluindo a cidade de Kandahar, e várias infraestruturas sofreram danos graves”.
O vice-governador de Kandahar, Abdul Hananan Moneeb, considerou que se trata das piores inundações na província pelo menos nos últimos sete anos.
A comunidade dos pastores nómadas que acampam nas proximidades do leito dos rios Arghndab e Arghistan, que atravessam a capital da província, foi duramente afetada. Seis pessoas foram levadas pelas águas, assim como uma grande parte do gado.
De acordo com o vice-governador de Kandahar, foram socorridas 400 famílias pelas forças armadas afegãs desde o início das inundações, na sexta-feira à tarde.
As operações de salvamento por via aérea foram retardadas em virtude de chuvas fortes, indicou à agência France Press Raziq Shirzai, comandante provincial da força aérea afegã.
As inundações repentinas são frequentes nos vales afegãos, por altura das chuvas primaveris e quando se inicia o degelo das altas montanhas.
Estes riscos foram muito aumentados por um longo período de seca que afetou o Afeganistão.
De acordo com o OCHA, uma meia centena de pessoas perdeu a vida desde o dia 1 de janeiro até ao passado dia 12 de fevereiro em resultado de inundações no noroeste e no centro do país.
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