A porta-voz dos bombeiros, Stavroula Malliri, revelou hoje pela primeira vez o número de desaparecidos, após críticas crescentes às autoridades pela omissão deste dado.
Entre estes devem figurar as 28 vítimas cujos corpos estão a ser examinados pelos médicos legistas, mas que ainda não foram identificados, disse à agência France-Presse o porta-voz da Proteção Civil, Spyros Goergiou.
De acordo com a representante dos bombeiros, hoje foram identificadas 59 outras vítimas encontradas carbonizadas ou afogadas, quando se atiraram para o mar a tentar fugir das chamas.
Entretanto, quatro feridos morreram no hospital, indicou.
O balanço oficial anterior era de 88 mortos.
É ainda incerto o número de crianças entre as vítimas mortais, mas são já conhecidos os casos de duas gémeas de nove anos, um irmão e uma irmã de 11 e 13 anos, um adolescente de 13 anos e um recém-nascido de seis meses.
Já foram identificadas quatro vítimas estrangeiras: um jovem irlandês, uma mãe e um filho polacos, e um belga, cuja filha adolescente sobreviveu.
A controvérsia sobre a gestão da crise pelas autoridades também subiu hoje, com a oposição de direita e centrista a acusar o Governo de inicialmente esconder as perdas humanas.
Os bombeiros também prosseguiram no domingo as investigações às causas do incêndio, sendo que as autoridades privilegiam a tese de mão criminosa.
De acordo com o diário Kathimerini, um relatório preliminar avançava antes com a possibilidade de negligência criminosa, com um fogo aceso por um residente da área para queimar folhas e galhos mortos.
A vila de Mati, uma estância balnear próxima de Atenas, foi assolada por um incêndio na passada segunda-feira, que, segundo uma base de dados do Centro para a Investigação sobre Epidemiologia de Desastres, em Bruxelas, foi o fogo mais mortífero na Europa desde 1900.
A grande maioria das vítimas morreu devido às chamas, mas algumas pessoas perderam a vida no mar, quando tentavam fugir ao fogo.
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