No âmbito deste programa que procura garantir uma maior proteção das aldeias em caso de incêndio, já foram designados 700 oficiais de segurança, figura que tem como missão "transmitir avisos à população, organizar a evacuação do aglomerado, em caso de necessidade, e fazer ações de sensibilização junto da população", referiu o Ministério da Administração Interna (MAI), em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

De acordo com o Governo, estão também já identificados 350 locais de refúgio e estão "também a ser sinalizados os caminhos de evacuação nos aglomerados populacionais", tendo já sido elaborados, no âmbito desta iniciativa, 260 planos de evacuação.

"A partir de hoje, vai ser intensificada a distribuição de ‘kits’ de autoproteção pelas aldeias, bem como da sinalética para indicação dos caminhos de evacuação", sublinha a nota de imprensa.

Em ações de sensibilização realizadas no terreno, estiveram já envolvidas mais de 10 mil pessoas, tendo também sido distribuídos por diversas entidades públicas cerca de um milhão de folhetos com medidas de autoproteção.

"O folheto está igualmente a ser entregue nos 640 mil domicílios das freguesias prioritárias", acrescentou o ministério.

O programa tem como objetivos, entre outros, incentivar a consciência coletiva de que a proteção é uma responsabilidade de todos, apoiar o poder local na promoção da segurança, implementar estratégias de proteção das localidades face a incêndios rurais e sensibilizar as populações para a adoção de práticas que minimizem o risco de incêndio.

A 05 de junho, quando havia 602 aldeias abrangidas pelo programa, eram os distritos da Guarda (197) e Bragança (177) que contavam com mais localidades que tinham aderido à iniciativa, de acordo com informação prestada na altura pelo MAI à agência Lusa.

Guarda e Bragança são também dos distritos com maior número de freguesias prioritárias, no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios para 2018.

Castelo Branco apresentava 66 aldeias seguras, seguindo-se Santarém (39), Vila Real (32) e Leiria (22).

De acordo com a informação prestada a 05 de junho, apenas o distrito de Beja não contava com qualquer aldeia prioritária.

A execução do programa "Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras" resulta de um protocolo assinado entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).