"Há uma estimativa de cerca de 300 hectares ardidos, o que significa que foi um fogo de dimensões consideráveis", indicou o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, em declarações à agência Lusa.

O autarca alentejano referiu que a origem do fogo "ainda está a ser apurada" pelas autoridades, mas admitiu que a causa possa estar ligada a "trabalhos agrícolas".

Segundo disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, o incêndio foi dado como dominado às 22:00 de segunda-feira, encontrando-se, desde 01:40 de hoje, em fase de resolução e vigilância, com os trabalhos de rescaldo a envolverem cerca de 90 operacionais, apoiados por 30 veículos.

Três bombeiros das corporações de Alandroal, Vila Viçosa e Borba sofreram ferimentos ligeiros quando combatiam as chamas, tendo sido transportados para o Hospital de Santa Luzia, em Elvas, no distrito de Portalegre, devido a inalação de fumos.

O incêndio devastou uma área de pasto, mato e povoamento florestal, sobretudo eucaliptal, depois de ter deflagrado na zona do Monte das Parreiras, situado entre as localidades de Mina do Bugalho e Rosário.

Segundo o CDOS, o alerta foi dado às 15:32 de segunda-feira, tendo estado envolvidos no combate ao fogo 182 operacionais, incluindo bombeiros de corporações dos distritos de Évora, Portalegre e Santarém, e militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, apoiados por 59 veículos e sete meios aéreos, seis aviões e um helicóptero.

Este incêndio ocorreu precisamente uma semana depois de um outro, também no concelho de Alandroal e na mesma união de freguesias, que chegou a mobilizar 87 operacionais, apoiados por 27 viaturas e cinco aviões.