"Temos uma frente bastante perigosa, que está a cerca de 100, 150 metros de habitações", disse o autarca, afirmando que o "fogo avança com muita, muita, muita velocidade".
Apontando que os moradores estão a ajudar ao combate às chamas com mangueiras, o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande pediu um "reforço humano e de meios, quer terrestres, quer aéreos", dado que "os bombeiros estão exaustos".
Existem operacionais "há 24 horas no terreno, é urgente que o dispositivo seja reforçado", adiantou Paulo Vicente, referindo que as corporações "de Vieira de Leiria e Maceira" já se encontram no local a ajudar os bombeiros da Marinha Grande.
Vive-se "um cenário devastador e dantesco", retratou o autarca.
"As populações vão fazendo o que podem, mas estão também a acatar as ordens dos bombeiros e das forças de segurança", elencou o autarca, explicando que, de momento, "não estão a ser feitas evacuações" e "não há feridos, nem desaparecidos".
O distrito de Leiria conta com 19 ocorrências, que estavam a ser combatidas, pelas 13:20, por 737 operacionais, 222 meios terrestres e dois meios aéreos.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
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