"[Se] é necessário corrigir, nós obrigaremos às correções de forma a que tudo funcione a tempo e horas", garantiu António Costa, observando que o Governo tem agora "que obrigar, naturalmente, a quem explora esse rede de emergência a cumprir as suas obrigações em pleno".
O primeiro-ministro, que falava em Faro à margem da inauguração do novo terminal do aeroporto, sublinhou que a ministra da Administração Interna "já terminou" a aquisição de equipamentos de comunicação por satélite, o que fez com que o problema registado em Alijó, distrito de Vila Real, pudesse "rapidamente" ser resolvido.
"É um sistema que funciona há onze anos e não foi, com certeza, agora que foram descobertos problemas", sublinhou António Costa, observando que existem relatórios de 2014 "que apontaram deficiências" ao sistema, que o Governo está agora a corrigir, nomeadamente através da aquisição de antenas móveis de satélite.
Contudo, António Costa reconheceu que ainda há trabalho a fazer, de forma a que o sistema de comunicações de emergência "funcione em todas as circunstâncias", quer a rede normal de comunicações, que considerou "inadmissível" não funcionar, quer a rede de comunicações de emergência.
António Costa reiterou que os cabos por onde circulam todas as comunicações de emergência não devem ser aéreos, mas sim instalados nas calhas técnicas das estradas, e alertou para a necessidade de ter "zonas de redundância", com base em satélite e nas redes hertzianas, porque mesmo enterrados os cabos estão expostos a ameaças.
"Numa zona de grande densidade florestal, onde há elevado risco de incêndio, o sistema de comunicações de uma determinada companhia, que não vou dizer o nome para não me criticarem, assentar em cabos aéreos e nessa rede circular não só a comunicação normal como a de emergência expõe obviamente essa rede a uma fragilidade inadmissível", concluiu.
O primeiro-ministro presidiu hoje, em Faro, à cerimónia de inauguração do novo terminal, onde estiveram também presentes o ministro do Planeamento das Infraestruturas e dos Transportes e dirigentes da Ana Aeroportos e Vinci.
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