“Para estar preparada para eventuais incêndios em grande escala nesta temporada, a Comissão Europeia estabeleceu uma frota europeia reforçada com 11 aviões de combate a incêndios e seis helicópteros alojados em todos os Estados-membros”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.
Ao mesmo tempo, Bruxelas diz ter emitido “diretrizes aos Estados-membros para reforçar as suas medidas de prevenção de incêndios”.
A Comissão Europeia assinala que as atuais previsões estimam que “o risco de incêndios florestais esta temporada [de verão] seja superior à média, com temperaturas que deverão ser superiores à média de junho a setembro na região mediterrânica”.
“Também se deverá registar menos precipitação, especialmente na Europa Central e em muitas zonas do Mediterrâneo, o que pode aumentar o risco de incêndios tanto em áreas propensas a incêndios como em novas regiões da Europa”, acrescenta.
Previsto está então que este ano a frota europeia de combate a incêndios na UE seja composta por 11 aviões e seis helicópteros alojados em seis Estados-membros (Croácia, França, Grécia, Itália, Espanha e Suécia).
O comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, justifica citado pela nota que a frota europeia fica assim “estrategicamente posicionada” no espaço comunitário, podendo ser “prontamente destacada em qualquer altura durante esta época de incêndios florestais” se necessário.
“Todos os anos, os incêndios florestais representam um risco de catástrofe significativo para toda a Europa. A época dos incêndios é intensa, longa e as áreas propensas a incêndios estão a expandir-se para norte. Antes da época de incêndios florestais deste ano, temos de fazer tudo o que é necessário para reduzir o impacto dos incêndios”, garante o responsável.
Dados de Bruxelas indicam 85% da área ardida na Europa situa-se na Europa meridional, que abrange Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia.
O ano de 2017 foi dos piores em Portugal no que toca aos incêndios florestais, que destruíram mais de meio milhão de hectares de terrenos e provocaram a morte de 118 civis e bombeiros.
Nas diretrizes hoje lançadas, a Comissão Europeia defende ainda a realização de reuniões regulares com os Estados-membros da UE e países participantes no Mecanismo de Proteção Civil da UE durante a época de fogos para trocar informações sobre o estado de preparação e riscos de incêndio, bem como duas reuniões por ano sobre prevenção.
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