Segundo o The New York Times, a decisão hoje apresentada reverte uma política de 2015 que proibia crianças que vivem com casais do mesmo sexo de estarem presentes em cerimónias de batismo e mesmo de serem batizadas. A mesma política declarava que os membros da igreja casados com elementos do mesmo sexo eram apóstatas — significando que tinham renunciado à sua crença — e estavam sujeitos à excomunhão.
Num manual publicado em 2015, podia ler-se que os filhos de pais homossexuais não podiam ser batizados até terem 18 anos. Atingida a maioridade, podiam optar por pedir o batismo, mas teriam de "renegaram a homossexualidade".
Agora, a situação alterou-se. "Com efeito, os filhos de pais que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais ou transexuais podem ser batizados sem a aprovação da Primeira Presidência [membros máximos da Igreja Mórmon]", referiu a Igreja num comunicado.
Lê-se também que, nestes casos, "os membros da congregação entrarão em contacto com eles [os pais] periodicamente" e que quando a criança atingir os oito anos de idade "um membro da Igreja "proporá que a criança seja batizada".
Contudo, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias continua a considerar estes casamentos como "uma transgressão séria", mas não serão tratados como apostasia para propósitos de disciplina da Igreja".
A decisão foi levada a cabo pelo Presidente Dallin H. Oaks, que lidera o Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja [o segundo corpo governante], e acontece quando a Igreja Mórmon se prepara para a sua conferência geral, no próximo fim de semana.
"Embora não possamos mudar a doutrina do Senhor, queremos que os nossos membros e as nossas políticas sejam tenham em atenção aqueles que lutam contra os desafios da mortalidade", lê-se. "Queremos reduzir o ódio e a contenção tão comuns nos dias de hoje".
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